the big picture, i see

Esta semana, mandei calar um casal que conversava e beijocava e ria no cinema – muito provavelmente vitimados pelo poder que Pasolini exerce sobre as crianças. No dia anterior, tinha-me virado para trás bruscamente, numa mensagem clara à senhora que me empurrava a cadeira com os pés – inquietação Felliniana já tinha eu que sobrasse e não era a coçarem-me as costas que a resolveria. Na exibição d'Aquele Querido Mês de Agosto – decorria, por sinal, um Agosto bem querido, como há muito não se fazia sentir – ao primeiro fotograma, galinhas numa capoeira. E, a dada altura, música pimba. Resignada, deixei as senhoras comadres que preenchiam a fila de cadeiras atrás da minha cacarejar à vontade no seu tom afectado. É que, reparem, completava-se o quadro.